terça-feira, 25 de maio de 2010




A inocência passa tão rápido... o modo como olhava as coisas, a maneira como as pegava, o jeito de pensar, tudo isso voou.
A imaginação que tomava conta de minha mente, em um simples instante parece ter sumido, a vontade de voar e voar, as asas que tinha, se quebraram.

A inocência se foi.

Quando olhava um pássaro, e tinha o desejo de ser igual a ele, livre, levantar vôo para onde quisesse sem que ninguém atrapalhasse, tudo isso passou, mas foi tão rápido. A infantilidade que havia em mim, a graça de rir de tudo o que me rodeava, de ver as coisas com um olhar novo como se nunca a tivesse visto, de novidade e dizer: “nossa que legal!!!”.

Tudo isso passou.

Queria voltar a ser como antes, imaginar que tudo é uma estória que tem um final feliz em que TODOS vencem, gostaria de acreditar que a felicidade existe e sonhar com ela novamente, imaginar que as meninas com 10 (dez) anos ainda brincam de boneca, gostaria de acreditar que o homem foi pra lua, que Papai-Noel existe e que o Coelho da Páscoa traz meus ovos de chocolate, queria realmente acreditar que tudo não passa de um sonho e que tenho liberdade para pular, correr, brincar.

Mas isso não tem como mudar.

Tudo deveria ser diferente, a inocência de todos poderia e voltar e tudo o que queremos se realizar, talvez se as pessoas acreditassem em milagres, tudo poderia acontecer, se fossemos menos arrogantes, e humildes, menos sérios e mais “palhaços”, menos adultos e mais infantis, a vida poderia mudar, se acreditássemos em milagres e mágica, se talvez crêssemos que a felicidade existe, menos pessoas seriam solitárias, se pensarmos que o amor é real, e que pessoas procuram pessoas para amar, talvez conseguíssemos sorrir.

É um sonho.